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. 1 caixa de pasta de dente
. 1 folha de jornal
. Fita-crepe
. 2 palitos de dente
. Botões
. Pincéis
. Tesoura
. Tintas coloridas (guache ou acrílica)
Fazer um amigo não dá o menor trabalho.
O segredo é o primeiro passo:
abra os braços, feito espantalho, e peça um abraço.
Depois é misturar o corpo a outro corpo num só embaraço.
O novo amigo tem antena?
Solta gosma e carrega nas costas uma casa pequena?
E daí? Sorria, faça festa: valeu a pena!
A partir de agora, se de repente o seu caminho ficar muito comprido ou o brilho do Sol parecer cada dia mais sumido,
pense com você, pense comigo:
“Tudo bem, tenho sempre meu amigo”.
"Assim que abri os olhos pela primeira vez, vi que o mundo tinha nome: Maternidade São Paulo - porta de entrada da cidade que tanto amo. Garoto pobre da periferia paulistana, descobri a literatura nas histórias contadas e recontadas por minha avó materna. Mais tarde, na sexta série de uma escola pública do estado, encontrei Sherazade, em carne e osso. Era uma mulher misteriosa que amava lecionar. Não sei por qual razão, sempre escondeu de nós a sua verdadeira identidade, pois teimava que seu nome era apenas “Leny”.
Depois dos amigos que fui juntando em escolas, bibliotecas e filmes no cinema, virei professor de Língua Portuguesa, com pós-graduação em Psicopedagogia e Tecnologias Aplicadas à Educação, pela PUC. Atualmente, trabalho no Colégio Visconde de Porto Seguro. Ah, talvez valha a pena dizer que a felicidade, pelo menos para mim, é poder abraçar uma ou outra palavra companheira, e assim escrever e reescrever o mundo que se abre todos os dias, com seus olhos de primeira vez."